4.4.12

DICA DE LEITURA: A VIÚVA CLICQUOT

O empreendedorismo e a persistência de uma viúva do século XVIII foram fatores cruciais para que possamos hoje nos deliciar com o champanhe, essa bebida romântica e festiva. 

Quanto ao surgimento do champanhe, há divergências: reza a lenda que tenha sido descoberto na abadia de Hautvillers, por Dom Pierre Pérignon, que afirmava estar "bebendo estrelas". Indícios históricos, no entanto, sugerem que a bebida tenha sido criada não pelos franceses, mas pelos ingleses!

O fato é que a jovem viúva Barbe-Nicole Clicquot Ponsardin, fornecendo o champanhe da cidade de Reims a mercados internacionais e chegando primeiro a clientes e distribuidores, associou seu nome a luxo e comemoração. Sempre um passo à frente de seus concorrentes - como o não menos conhecido Jean-Rémy Moët - enfrentou inclusive os bloqueios e pilhagens das guerras napoleônicas para entregar seus excelentes vinhos.

A audácia da veuve Clicquot, aliada à dedicação em estudar diariamente os livros de contabilidade de sua empresa e o constante aperfeiçoamento das técnicas de fabricação do champanhe, transformam-na em uma das maiores industriais da França, apelidada mais tarde pelos cidadãos de Reims "a rainha não coroada". 

"A viúva Clicquot", de Tilar J. Mazzeo, rende uma leitura surpreendente e prazerosa, principalmente porque já se conhece o final da história. Recomendado!

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